Idas mais frequentes ao banheiro, ardência, queimação, dor? Atenção! Estes podem ser sintomas de uma infecção urinária. As infecções do trato urinário são mais comuns em mulheres. Geralmente, ocorrem na bexiga ou na uretra, mas as infecções mais graves envolvem o rim.
Se as bactérias não alcançarem os rins, o problema, conhecido como cistite, fica apenas concentrado na bexiga. Mas se seguirem para os rins, a infecção, nomeada de pielonefrite, se torna mais grave. Nesse estágio é comum vir acompanhada por febre alta (acima de 37.8°), calafrios e dor na região lombar. É importante começar o tratamento o mais cedo possível.
Fatores de risco
Cerca de 30% das mulheres vão apresentar na vida infecção urinária leve ou grave. A mulher tem 50 vezes mais chance de ter o problema do que o homem. Alguns fatores poderão contribuir para que a mulher tenha infecção urinária:
Anatomia feminina - A uretra da mulher é curta (de quatro a cinco centímetros) e próxima à região onde as bactérias costumam ficar. Esse curto caminho favorece que as bactérias cheguem à bexiga.
Menopausa – Nesse período da vida da mulher, a diminuição do estrogênio tem como uma de suas consequências a predisposição à infecção urinaria, isso porque altera a flora vaginal, a qualidade do tecido da vagina e da uretra, deixando a entrada das bactérias na região mais fácil e o ambiente mais propício para a colonização.
Relações sexuais - Por mais convencional que seja o ato sexual, ele é um fator de risco. Tanto é verdade que a “cistite da lua de mel”, conhecida popularmente, é a infecção urinaria que pode acontecer depois da relação sexual, já que o pênis pode ajudar a levar bactérias para dentro da vagina.
De mãe para filha – Se há um histórico materno de infecções urinárias frequentes, é possível que a filha tenha alguns episódios do problema durante a vida também.
Uso de fraldas – Os idosos, devido à incontinência urinaria, precisam usar as fraldas geriátricas com frequência. A fralda é abafada, úmida, se tiver com urina, esse ambiente é favorável para o aumento das bactérias na região vaginal. Além disso, o idoso tem mais predisposição ao problema já que a imunidade pode estar mais baixa com o avanço da idade.
Outros maus hábitos como beber pouca água, sentir vontade de urinar e não ir ao banheiro e falta de cuidados com a higiene pessoal também podem ser uma porta aberta para o problema.
Diagnóstico
O primeiro passo antes de tratar é reconhecer qual é a bactéria responsável pelo problema. Caso seja a primeira vez que a paciente faz a queixa dos sintomas da infecção urinária, o ideal é que um exame de imagem também esteja associado para o diagnóstico. Sem os exames e conhecer o histórico da paciente, fica difícil definir se aqueles sintomas não estão ligados ao cálculo renal. Essa pode ser uma possibilidade. O cálculo obstrui a urina que já está infectada com as bactérias.
É importante que quem sofre com essa complicação busque assistência médica e evite a automedicação. Quem toma remédio por conta própria pode, ao invés de se livrar logo das dores ao urinar, fortalecer uma bactéria que não deveria permanecer no organismo. Além disso, vale destacar que não adianta tomar antibiótico sem identificar a causa.
Caso o paciente esteja em estado crítico, onde seja observada a possibilidade da doença evoluir para uma infecção generalizada, com falência de órgãos, outras medidas poderão ser tomadas. Cabe aos profissionais de saúde envolvidos com o problema a gestão da melhor maneira para tratar e cuidar de cada paciente.
Prevenção
Para prevenir uma infecção, recomenda-se beber bastante água diariamente e não deixar de ir ao banheiro quando sentir vontade de urinar. A ingestão de água faz ir mais vez ao banheiro e assim evita que a bactéria permaneça mais tempo dentro do organismo. Quanto mais urina parada, mais chances de infecção.
Outra recomendação é evitar usar duchas vaginas e procurar, sempre que for ao banheiro, limpar a região do períneo com o papel higiênico no sentido frente para trás. Do contrário poderá trazer as bactérias que estão na região intestinal para dentro da vagina causando a infecção da mesma forma.
Urinar logo depois da relação sexual também pode ajudar a evitar uma infecção urinária. Isso porque o xixi “lava” a uretra, ajudando a eliminar bactérias que possam eventualmente ter entrado durante o ato.
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