A Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) reuniu especialistas e gestores durante o 33º Fórum Perinatal da Região Metropolitana 1 do Estado do Rio de Janeiro, realizado nesta terça-feira (28), no auditório da sede da SES-RJ. Após uma interrupção por conta da pandemia, as atividades presenciais foram retomadas, com o objetivo de fortalecer e articular políticas públicas para os municípios do Rio de Janeiro, Duque de Caxias, Magé, São João de Meriti, Belford Roxo, Nilópolis, Mesquita, Nova Iguaçu, Queimados, Japeri, Seropédica e Itaguaí. Com o tema “Retomar é necessário, Avançar é preciso”, o fórum perinatal é primordial para a organização da rede pública de saúde, oferecendo mais assistência às mulheres fluminenses em prol do parto seguro e do atendimento humanizado.

A mesa de abertura contou com a secretária de Estado de Saúde, Claudia Mello, ao lado de Maria do Espírito Santo Tavares do Santos, a "Santinha", da Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos; Flavia Nascimento, da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro; Aline Inglez, da Secretaria de Estado da Mulher, e Roberta Trajano, do Ministério Público Federal.

“É um momento histórico para a SES-RJ retomar o fórum perinatal, que foi iniciado em 2015. Cito aqui os municípios da Metro 1 para mostrar como somos inclusivos no debate e estamos preocupados com a necessidade de trabalhar por todos. Reconheço uma parceria também entre os órgãos de controle, de todo o Ministério Público e da Defensoria. Estarmos próximos é fundamental para termos apoio em nossas ações. É um orgulho ter uma mesa feminina, buscando a retomada de um importante espaço, que é realmente inclusivo para todas as mulheres fluminenses. Temos a questão do aborto, que é a terceira causa de mortalidade no estado, e que precisa ser abordada. Temos que cumprir a lei do aborto legal, oferecendo espaços seguros. Hoje, o desejo maior é de rearticulação da rede de assistência à saúde e de fortalecimento da integralidade do fórum perinatal”, disse a secretária Claudia Mello.  

A programação incluiu ainda um panorama histórico da Rede Nacional Feminista de Saúde, que foi traçada por Santinha, lembrando a articulação da cadeia de assistência à mulher em prol do parto seguro, especialmente o início da Rede Cegonha, que inclui pacote de ações para garantir o atendimento de qualidade, seguro e humanizado.

O coordenador estadual da Saúde das Mulheres da SES-RJ, Antonio Braga, traçou um panorama dos indicativos dos municípios da Metro 1, durante a mesa "Nascer na Região Metropolitana 1 do Estado do Rio de Janeiro", que contou também com Claudia Dames, gerente técnica de saúde da mulher do município do Rio de Janeiro e de Marcio Luis Ferreira, superintendente de maternidades e hospitais pediátricos da secretaria municipal de Saúde.

“Os indicadores de nascimentos da Região Metropolitana I mostram os desafios no que se refere ao eixo da mortalidade materna e também ao número de consultas de pré-natal realizadas nas cidades dessa região. Além disso, demonstrei o panorama da sífilis congênita, as taxas de cesariana e de prematuridade e os resultados de uma investigação das mortes de mulheres em idade fértil. Os fóruns perinatais existem para organizar a rede de assistência. É fundamental que possamos garantir uma experiência positiva do parto para todas as mulheres do estado”, afirmou Braga.